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A gravidez nas trompas, ou gravidez ectópica, é aquela em que o embrião não atinge o útero, mas se implanta e começa a crescer fora do útero. Essa condição atinge entre 1% e 2% das mulheres e é muito perigosa, colocando em risco a vida da mãe.
Confira nesse artigo mais sobre a gravidez ectópica, como ela acontece e o que fazer nesses casos.
O que é gravidez ectópica?
A gravidez ocorre quando o óvulo fecundado percorre a tuba uterina em direção ao útero e esse óvulo fixa-se na parede do útero.
Na gravidez nas trompas, como o próprio nome já diz, ocorre nas trompas.
Ou seja, o óvulo fecundado não chega até o útero e se firma nas tubas uterinas.
Infelizmente, a gravidez ectópica é uma gestação sem futuro.
O óvulo fertilizado não sobrevive, e o feto em crescimento pode prejudicar várias estruturas maternas.
Se não tratada, há o risco de hemorragias e um alto risco de morte.
O tratamento precoce de uma gravidez ectópica pode ajudar a preservar a fertilidade da mulher.
Felizmente, com as atuais técnicas de diagnóstico e tratamento, a taxa de mortalidade da gravidez ectópica caiu para menos de 0,05%.
Existem alguns fatores que podem favorecer o desenvolvimento da gravidez nas trompas, como infecções sexualmente transmissíveis, endometriose, ou até ter feito uma laqueadura, por exemplo.
Normalmente, esse tipo de gravidez é identificada até as 10 semanas de gestação numa ultrassonografia, podendo também ser descoberta mais tarde.
Por isso, recomendamos consultar seu ginecologista regularmente.
Causas
A ocorrência da gravidez ectópica pode ser ocasionada por diversos fatores:
- Usar DIU
- Cicatriz de uma cirurgia pélvica
- Inflamação pélvica
- Endometriose, que é o crescimento do tecido do endométrio fora do útero
- Gravidez ectópica anterior
- Salpingite, que é caracterizada pela inflamação ou deformação das trompas de Falópio
- Complicações da clamídia
- Cirurgia prévia nas trompas de Falópio
- Malformação das trompas de Falópio
- Em caso de infertilidade
- Ter realizado a laqueadura das trompas.
A idade superior a 35 anos pode ser um agravante também, a realização de
fertilização in vitro e o fato de ter vários parceiros sexuais também pode favorecer o desenvolvimento de uma gravidez ectópica.
Como saber se você está com uma gravidez ectópica?
No início, essa condição muitas vezes é sentida como uma gravidez normal, com sintomas comuns como:
- Atraso na menstruação
- Seios sensíveis e inchados
- Náusea
- Aumento na frequência urinária.
- Fadiga
Os primeiros sinais de uma gravidez nas trompas podem incluir:
- Hemorragia vaginal, podendo ser leve;
- Dor abdominal ou dor pélvica, geralmente seis a oito semanas após a ausência de menstruação.
Conforme a gravidez ectópica progride, outros sintomas podem se desenvolver, incluindo:
- Dor de barriga ou dor pélvica, que pode piorar com o movimento ou esforço.
- Sangramento vaginal moderado ou intenso
- Dor durante a relação sexual ou um exame pélvico
- Tonturas, vertigens ou desmaio, causada por hemorragia interna
- Sinais de choque hipovolêmico
- Dor no ombro causada por hemorragia no abdômen sob o diafragma. O sangramento acaba irritando o diafragma e é sentido como dor no ombro.
O que fazer em caso de gravidez nas trompas
Nenhuma gravidez ectópica tem futuro, sendo o risco de morte da mulher, quando não tratada, é muito elevado.
A partir disso todas as modalidades de tratamento visam a retirada do embrião antes que surjam maiores complicações para a mãe.
O recomendado nesses casos é o tratamento cirúrgico ou tratamento medicamentoso para gestação ectópica.
Se diagnosticada precocemente, é possível administrar medicamentos que impeçam o desenvolvimento do embrião, fazendo com que o mesmo regrida.
A droga habitualmente usada é aplicada por via intramuscular em dose única sendo supervisionada pelo médico responsável..
Antigamente o tratamento da gravidez nas trompas sempre foi feito com cirurgia e a remoção do embrião mal alocado.
Atualmente, a cirurgia ainda é o tratamento de escolha para cerca de 60% dos casos.
Na maioria das pacientes a cirurgia é feita por via laparoscópica, tendo o objetivo de remover o embrião e reparar a área danificada da trompa.
Em casos emergenciais, onde ocorre a ruptura da trompa, a cirurgia aberta tradicional é a forma mais indicada.
Nem sempre é possível reparar a trompa, e a mesma pode ter que ser removida para controle da situação. Mesmo com a retirada da trompa, a mulher pode engravidar posteriormente, caso a trompa do outro lado esteja saudável.
Gravidez depois da cirurgia
Uma das questões mais importantes que muitas mulheres ficam preocupadas é se depois da cirurgia existe a possibilidade de poder engravidar novamente.
Se as trompas não foram danificadas pela gravidez ectópica, a paciente tem grandes chances de voltar a engravidar.
Infelizmente, se uma das trompas rompeu ou ficou lesionada, a possibilidade de engravidar novamente é muito menor.
Em casos onde as duas trompas acabam rompendo ou estão afetadas, a solução mais viável é a fertilização in vitro.
Então, observando qualquer um desses sintomas consulte um
médico. E lembre-se, você não está sozinha, estamos aqui para você.
Conte conosco nesse e em todos os momentos. Sempre que você precisar, Tem Hora!
Fontes:
Gravidez Ectópica: 10 cuidados para tomar no caso de Gestação Nas Trompas
Gravidez Ectópica - Site Minha Vida
Gravidez Ectópica - Site MD Saúde




