Tudo sobre os sintomas da dengue

Infelizmente, a dengue já é uma velha conhecida dos brasileiros.



A maioria dos casos aparece quando as temperaturas do país estão mais elevadas e há maior incidência de chuvas, como é o caso do verão.

Por esse motivo, é comum nesta época os infectados apresentarem os primeiros sintomas da dengue.

Em 2019, foram aproximadamente 800 mortes pela doença. Além de mais de um milhão e meio de pessoas infectadas.

Existem muitos fatores que envolvem o aumento de casos e a propagação da doença.

Diante deste contexto, é imprescindível que a doença seja observada com seriedade.

E, claro, é necessário entender os sinais de alerta e como evitá-la. Então, vamos descobrir tudo sobre a dengue?



O que é a dengue?

A dengue é uma doença transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti infectado por um arbovírus.

Vale lembrar que existem quatro tipos de vírus em circulação que causam a dengue.

Em alguns casos, o indivíduo pode ser contaminado sem que o organismo apresente sintomas.

Já em outros, a doença pode levar a morte.

Qualquer pessoa pode ser infectada, independente da idade, porém o risco é maior para pessoas mais velhas.
 

Mitos e Verdades

Ainda há muita desinformação sobre a dengue, inclusive com circulação de notícias falsas ou achismos do senso comum que não são comprovados cientificamente.

Por isso, confira alguns mitos e verdades sobre a doença antes de continuar a leitura:

Verdades:

• Apenas o mosquito fêmea transmite a doença, e as picadas só ocorrem durante o dia.

• Não é possível diferenciar a picada do Aedes aegypti de um mosquito comum, por exemplo, o pernilongo.

• No calor, o mosquito se reproduz mais rápido, por isso são comuns surtos no verão.

Mitos: 

• Ao contrário do senso comum, velas de citronela não podem ser consideradas eficazes no combate à dengue, pois os efeitos são temporários e indeterminados.

• Outra informação falsa sobre a prevenção é que o inhame e tomar vitamina B ajudam a espantar o mosquito.

• Também não é verdade que borra de café no vaso de plantas funciona, pois o ideal é a eliminação dos pratinhos.

Mas, afinal, quando a doença se desenvolve e surgem os primeiros sintomas da dengue? Descubra no próximo tópico.

Quando aparecem os primeiros sintomas da dengue?

Após a picada, os primeiros sintomas da dengue podem aparecer a partir do terceiro dia até o sétimo.

Esse período está relacionado ao tempo de incubação do vírus e da manifestação no organismo da pessoa infectada.

O diagnóstico da doença é feito por meio de testes clínicos e laboratoriais, por exemplo, exames de sangue.

Em muitos casos, os pacientes são assintomáticos.

Já o organismo que manifesta sinais pode passar por algumas fases da doença, que conheceremos abaixo.

Quais os primeiros sintomas da dengue?

A febre alta, entre 39º e 40º, de início repentino é o primeiro sintoma a ser sentido pela pessoa com dengue.

Em seguida, os primeiros sintomas da doença também podem ser dores de cabeça, no corpo e nas articulações, e também atrás dos olhos.

Com o passar dos dias, outros sinais podem surgir. Tais como:

• Prostração;
• Fraqueza;
• Exantema (manchas vermelhas pelo corpo);
• Coceira;
• Náuseas, vômitos e diarreias também podem ocorrer.

Fases da Dengue

Com duração média entre 7 e 10 dias, a dengue pode apresentar três fases até a recuperação total do paciente.

• A fase inicial é aquela na qual aparecem os primeiros sintomas da dengue, com duração de até três dias.

• Na segunda fase, pode haver uma piora do quadro, em que podem ocorrer sangramentos do nariz e gengiva. Isso não configura, necessariamente, a dengue hemorrágica, mas pode ser um sinal de alerta.

• Já a terceira fase acontece com o desaparecimento dos sintomas e recuperação do paciente.

Cada organismo pode desenvolver a doença de uma maneira, portanto nem todos vão passar pelas mesmas etapas ou apresentar todos os sinais.

Dengue: quais os tipos?

O quadro clínico da dengue pode se apresentar de três formas, ou seja, os tipos da doença. São eles:

• Dengue clássica, com sintomas brandos e similares à uma gripe;
• Dengue com sinais de alerta, principalmente a alteração na coagulação, que indica possíveis complicações da doença;
• E a dengue grave, sendo a forma hemorrágica, que necessita de atendimento rápido e cuidados médicos, podendo levar a morte.

Sinais de alerta

Agora que já falamos sobre os sintomas iniciais e mais comuns, é preciso ter atenção aos sinais de alerta.

São eles que indicarão se o paciente precisa de cuidados médicos urgentes ou não. Veja abaixo:

• Sinais de hemorragia, por exemplo, sangramentos nasal, gengival ou vaginal;
• Rompimento de vasos sanguíneos superficiais da pele, apresentando petéquias e hematomas;
• Alterações neurológicas, tais como delírio, irritabilidade extrema, psicose, amnésia, etc;
• Sintomas cardiorrespiratórios;
• Insuficiência hepática;
• Hemorragia digestiva;
• Derrame pleural (água no pulmão).

Como prevenir e tratar a doença?

Até o momento, não há uma vacina acessível para dengue no SUS ou remédios específicos para curar a doença.

Neste caso, a melhor opção é a prevenção, que pode ser feita com medidas do cotidiano.

O método mais eficaz para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti é eliminar a água parada em todos os espaços, principalmente nas casas e quintais.

Também é necessário limpar corretamente e regularmente recipientes que precisam ficar com água, como caixas d’água e sempre que possível mantê-los fechado.

O uso de repelentes também ajuda a proteger.

Já o tratamento, para recuperação do paciente, nos casos mais comuns ocorre com repouso, ingestão de líquidos, boa alimentação e sem automedicação.

Os remédios para alívio da dor e febre devem ser tomados apenas sob orientação médica.
 

Quais especialistas buscar?

Em caso de suspeita de dengue, o ideal é procurar um médico clínico geral que irá avaliar, inicialmente, a situação.

Basta comparecer a uma Unidade Básica de Saúde, Pronto Atendimento do seu plano de saúde ou agendar um consulta pelo Tem Hora.

Neste caso, também é possível fazer o acompanhamento com um infectologista.

Principalmente se o quadro clínico do paciente se agravar, pois o profissional terá autoridade para solicitar exames, prescrever remédios e indicar os melhores tratamentos para recuperação.

Outro profissional menos comum, mas bastante recomendado nos casos de dengue é médico de viagem.

Contudo, neste contexto, você não precisa obrigatoriamente apresentar os primeiros sintomas da dengue.

Isso porque este profissional atua como um agente de prevenção, principalmente tratando-se de doenças e infecções específicas de uma região e com surtos sazonais.

Assim, caso você esteja preparando uma viagem ao exterior, o médico de viagem deve ser consultado entre 4 e 8 semanas antes do passageiro seguir o destino.

Com isso, o especialista irá verificar se as vacinas estão em dia e se há alguma infecção causada por vírus que podem ser transmitidos facilmente, como é o caso do novo coronavírus, por exemplo.

É possível contrair dengue mais de uma vez?

Infelizmente, a resposta é sim.

Afinal, existem quatro tipos de vírus da dengue que circulam no Brasil e podem infectar os indivíduos.

Desta forma, ao ser contaminado, você desenvolve anticorpos apenas para um tipo de vírus, e continua exposto aos demais.

Ou seja, se você passou pelos primeiros sintomas da dengue e já se recuperou da doença, não quer dizer que nunca mais correrá risco.

Pelo contrário, os casos de segunda infecção podem ser mais graves, chegando à dengue hemorrágica. Por isso, a prevenção é o melhor remédio.

Conclusão

A dengue é uma epidemia no Brasil com manifestação sazonal, principalmente no verão, e deve ser tratada com seriedade.

Apesar de, a maioria dos casos, serem leves com rápida recuperação, a doença mata inúmeras pessoas todos os anos.

Sem dúvidas, neste caso, o melhor remédio é a prevenção e a conscientização de toda a sociedade.

E, claro, vale relembrar que em caso de surgimento dos primeiros sintomas da dengue, deve-se procurar um médico.

Se você quer conhecer os sintomas de outra doença, que também está afetando o país, leia agora o artigo do Tem Hora sobre a Covid-19.